A série “Natureza Fantástica” começou a ser feita de maneira informal, por volta de 2010.
Essa série surgiu quando fui desafiado a voltar a pintar e decidi incluir novos obstáculos em relação aos trabalhos anteriores. Entre os maiores desafios que me propus estavam: resgatar influências do design (que é uma de minhas formações universitárias), adotar medidas sócio-ambientais na produção das obras, e criar arte abstrata – que até então eu definitivamente não gostava.
Do design, vieram principalmente as formas geométricas, elementos e cores puras, além dos alinhamentos e grade de composição estruturada e aparente.
Já a arte abstrata influenciou em todo o processo e no resultado das obras, que perderam toda a ligação com o mundo real e arte figurativa que eu costumava trabalhar. E enfim, em pouco tempo, a arte abstrata dominou toda a minha produção.
Com tudo isso já incorporado ao meu processo de criação e produção, passei a buscar formas de aprimorar o acabamento das obras. Tornando os elementos mais refinados e ao mesmo tempo mais suaves.
Da fase Natureza Fantástica fazem parte os desenhos e pinturas com formas geométricas bem definidas (quase sempre círculos e elipses) que, sobrepostos, dão vida à elementos figurativos e abstratos que remetem à flores, plantas, borboletas, nuvens e infinitos corpos/objetos que podem ser identificados ou imaginados.
Algumas das tela mais marcantes desse período são: Sonhos de Cabeceira, Tempo de Voar e Tempo de Aproveitar – além de peças icônicas criadas especificamente para certas ocasiões, como os orelhões das duas edições da Call Parade e o rinoceronte da Rino Mania.